A Holcim<\/a>\u00a0divulgou ontem que rejeitou os principais termos da proposta de fus\u00e3o bilion\u00e1ria (US$ 44 bilh\u00f5es) com a\u00a0Lafarge<\/a>\u00a0e que deseja negociar condi\u00e7\u00f5es financeiras melhores, assim como rever a decis\u00e3o anterior de deixar o diretor-presidente da Lafarge, Bruno Lafont,\u00a0no comando da “nova empresa”.<\/p>\n A Holcim disse que n\u00e3o levar\u00e1 adiante o acordo em sua forma original e prop\u00f5em \u00e0 Lafarge uma menor participa\u00e7\u00e3o que os 47% inicialmente acertados.\u00a0O maior problema reside no tempo gasto para formaliza\u00e7\u00e3o e aprova\u00e7\u00e3o da fus\u00e3o.\u00a0Os planos iniciais foram anunciados, com grande alarde, em 07 de abril de 2014, com as lideran\u00e7as dos dois grupos empolgados e elogiando a cria\u00e7\u00e3o da nova e gigante cimenteira que teria US$ 40 bilh\u00f5es em vendas e com opera\u00e7\u00f5es em mais de 90 pa\u00edses. De l\u00e1 para c\u00e1, muita \u00e1gua passou debaixo dessa ponte e muitos moinhos rolaram.<\/p>\n <\/a><\/p>\n Quase um ano ap\u00f3s o an\u00fancio da fus\u00e3o, os investidores da\u00a0Holcim passaram a questionar os termos do “antigo”acordo, j\u00e1 que a parte Su\u00ed\u00e7a da futura empresa, desde ent\u00e3o, obteve um desempenho sempre superior ao lado Franc\u00eas do neg\u00f3cio, seja em volumes ou em lucros auferidos.\u00a0As negocia\u00e7\u00f5es sobre a possibilidade de \u00a0novos termos para o acordo come\u00e7aram na semana passada, ap\u00f3s alguns diretores do conselho da Holcim e alguns dos principais acionistas decidirem n\u00e3o apoiar a transa\u00e7\u00e3o nas condi\u00e7\u00f5es existentes. Segundo fontes seguras, um dos mais resistentes aos\u00a0termos \u00e9 o bilion\u00e1rio su\u00ed\u00e7o Thomas Schmidheiny, ex-presidente da Holcim, sobrinho-neto do fundador da empresa, detentor de cerca de 20% de seu capital e que segundo a revista Forbes<\/i><\/a>\u00a0possui a 275\u00aa maior fortuna pessoal do mundo.<\/p>\n No domingo, a Holcim enviou uma carta \u00e0 Lafarge oficializando o desejo de negociar um novo acordo e as novas demandas da Holcim deixaram d\u00favidas quanto \u00e0 concretiza\u00e7\u00e3o da fus\u00e3o.<\/span><\/p>\n Quest\u00f5es cambiais tamb\u00e9m tiveram um papel importante nos questionamentos. Uma valoriza\u00e7\u00e3o do franco su\u00ed\u00e7o provocada por uma medida do Banco Nacional daquele pa\u00eds contribuiu para o pedido de renegocia\u00e7\u00e3o do acordo, pois o franco su\u00ed\u00e7o mais forte fez com que as a\u00e7\u00f5es da Holcim denominadas em euro, moeda em que as a\u00e7\u00f5es da Lafarge s\u00e3o negociadas, ficassem mais valorizadas.<\/span><\/p>\n Caso a fus\u00e3o n\u00e3o seja concretizada, al\u00e9m das multas principais (a Holcim ter\u00e1 que pagar uma multa de 350 milh\u00f5es de euros para a Lafarge), afeta\u00e1 outras transa\u00e7\u00f5es menores, j\u00e1 que as duas empresas t\u00eam negociado venda de parte de seus ativos para conseguir aprova\u00e7\u00e3o regulat\u00f3ria em todo o mundo e alguns desses neg\u00f3cios anunciados, se desfeitos, poder\u00e3o acarretar multas para as duas gigantes.\u00a0<\/span><\/p>\n