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CSN: lucro líquido de R$ 111 milhões em 2017

CSN: lucro líquido de R$ 111 milhões em 2017

A CSN divulgou nesta segunda-feira (26), seus resultados do quarto trimestre e o balanço completo do ano de 2017. A Companhia obteve lucro de R$ 378 milhões no quarto trimestre, o que reverteu os números negativos acumulados nos primeiros nove meses do ano, levando a CSN acumular ganhos de R$ 11 milhões no fechamento de 2017.

A companhia registrou receita total superior a R$ 18 bilhões, sendo R$ 12,9 bilhões vindos da siderurgia, R$ 4,6 bilhões da área de mineração, R$ 1,6 bilhão da área de logística, R$ 408 milhões vindas das áreas de energia e, apenas R$ 487 milhões do braço cimenteiro.

CSN no mercado externo

No que diz respeito à siderurgia, o volume de vendas chegou a 4,92 milhões de toneladas, sendo 2,84 milhões de toneladas vendidas no mercado interno e 2,08 milhões exportadas, ou seja, em 2017, em siderurgia a dependência das exportações foi de 42%.

Sobre as vendas externas, 313 mil toneladas foram exportadas de forma direta e 1.768 mil toneladas foram vendidas pelas subsidiárias da CSN no exterior, sendo 596 mil toneladas pela americana LLC, 808 mil toneladas pela alemã SWT, 364 mil toneladas pela portuguesa Lusosider.

Vendas mercado interno

Já para o mercado interno, onde ficam aproximadamente 58% de toda a produção da CSN, houve uma boa recuperação nos resultados em função dos reajustes nos preços aplicados em 2017, fazendo com que o prejuízo do ano anterior de R$853 milhões (2016), desse lugar a um lucro líquido de R$ 111 milhões.

Parte da melhora operacional projetada para o ano de 2018, também advém da previsão de novos reajustes nos preços do aço no mercado interno. Segundo o diretor comercial, Luis Fernando Martinez, a CSN vai elevar os preços para indústria e para os distribuidores em 7,5% até junho. A empresa anunciou reajustes entre 12 e 25% em janeiro  deste ano e os ajustes aplicados deverão elevar seus preços médios de 6 a 10%.

Vendas de Ativos – Desalavancagem

O presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, afirmou que a companhia vai realizar neste ano desinvestimentos da ordem de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões. “A desalavancagem vai sair este ano, por uma questão de convergir com nosso melhor resultado operacional”, disse o executivo em uma teleconferência com analistas, sem detalhar quais os ativos pretende vender, mas, frequentemente o mercado aponta que os primeiros ativos serão suas ações na USIMINAS e sua operação portuária de contêineres no Rio de Janeiro.

O endividamento líquido encerrou dezembro em R$ 26,3 bilhões, alta de 2,1% ante o terceiro trimestre de 2017. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida sobre Ebitda ajustado fechou o período em 5,66 vezes, contra 5,48 vezes no fim de setembro (trimestre anterior).

Cimento

No quarto trimestre de 2017, as vendas de cimento totalizaram 661 mil toneladas, 34% inferior em relação ao terceiro trimestre do mesmo ano, gerando receitas líquidas de R$106 milhões. Já o Ebitda ajustado atingiu R$3 milhões. Em 2017, foram vendidas 3.311 mil toneladas de cimento, 18% superior à venda reportada em 2016. Em 2017, a receita líquida somou R$487 milhões, enquanto o Ebitda ajustado foi de R$15 milhões com margem Ebitda ajustada de 3%.

Participação das áreas de negócio

A siderurgia continua responsável por quase dois terços (65%) de toda a receita líquida da CSN. A mineração responde por 22,4% da receita, a logística gera 8,3% do faturamento, ficando na lanterna o setor cimenteiro que gera apenas 2% do faturamento do grupo, percentual igual ao do setor de energia, porém a energia responde por 2,2% do Ebitda, enquanto o cimento responde apenas por 0,2% do Ebitda.

Steinbruch: “O crédito tem que voltar e os juros têm que baixar”

Embora o diretor comercial da CSN tenha afirmado que indústria de construção civil vem mostrando sinais de recuperação, o presidente da CSN disse, em seus comentários finais, que a economia ainda não está reagindo na velocidade esperada. “A economia tem condição de reagir muito mais, não justifica essa continuidade nos números de desemprego…o crédito tem que voltar e os juros têm que baixar”, disse Steinbruch. “O discurso está sendo diferente da prática”, acrescentou.

Postado em:
27 mar 2018 às 10:07hs
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