supsystic_tables
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114A produção de cimento chinês aumentou 3,6% em julho de 2020 em relação ao mesmo mês de 2019. Uma recuperação na economia impulsionou o consumo de cimento, segundo dados do Ministério da Indústria e Tecnologia do país.
Nos primeiros sete meses de 2020, acumulado do ano até julho, a produção de cimento caiu 3,5%, fechando o período com 1,2 bilhões de toneladas do produto, quando no ano anterior a produção fechou 1,3 bilhões de toneladas para o período análogo. A receita total do setor caiu um pouco mais, cravando 5,5%, saindo de US$ 79,0 bilhões de dólares nos primeiros sete meses de 2019 para US$ 74,7 bilhões no mesmo período de 2020.
O setor cimenteiro chinês, assim como ocorreu no Brasil, recuperou-se rapidamente desde o final de abril, impulsionado por uma rápida melhora na demanda de obras de infraestrutura, pré-fabricados e autoconstrução que, aliadas à aplicação de uma contínua política de controle na oferta de produtos, adotadas para combater a poluição, com o controle das emissões de partículas poluentes mais danosas, são eficientíssimas na estabilização dos preços e na saúde financeira dos grandes players chineses. Entre os 10 maiores do mundo em produção e capacidade instalada para produção de cimento, não é por menos que a China emplaca três gigantes no ranking.
A produção de cimento na China, somente em julho deste ano foi de 220 milhões de toneladas de cimento. Esse volume daria para abastecer o Brasil por uns quatro anos, considerando que o consumo de cimento no Brasil em todo o ano de 2019 foi de 54,8 milhões de toneladas.
Atividades recentes na construção de grande porte do país, após o ápice da pandemia, deverão compensar o impacto negativo registrado nos primeiros três meses de 2020, quando as atividades de construção foram interrompidas e o volume de vendas da indústria despencou 24% no primeiro trimestre, elevando os níveis de estoques e derrubando os preços médios, que haviam melhorado bem nos últimos meses de 2019.
O governo chinês tem estimulado a demanda por cimento, impulsionando obras de infraestrutura, enquanto, ao mesmo tempo, restringe a produção de muitas plantas, tentado equilibrar oferta, demanda e preços, bem como tentando reduzir a emissão de partículas poluentes. Há no país uma verdadeira dicotomia típica das economias centralizadas, adotadas em alguns países socialistas: Interferir na medida certa na economia, hora dando força e saúde ao seu parque industrial, equilibrando preços no mercado interno e, hora tentando proteger o meio ambiente, reduzindo a poluição.
O governo chinês chama o seu sistema econômico de “socialismo com características chinesas”, mas o que isso realmente significa é controverso. Alguns consideram o sistema como uma economia mista, outros o consideram até como um capitalismo. Mas esses traços “socialistas” que controlam preços e auxiliam as grandes empresas chinesas a atravessarem grandes crises, que persistem no modelo econômico chinês, levaram muitos analistas a usar o termo “capitalismo estatal” .
Sinais dessa posição ambígua em relação ao meio ambiente e a economia, foram observados no último dia 22 de setembro, quando o o presidente Xi Jinping anunciou a intenção da China em alcançar a “neutralidade de carbono” até 2060, ou seja, daqui a quarenta anos. No mesmo discurso disse que as emissões de CO2 do país atingirão seu pico somente em 2030, ou seja, na prática as emissões serão ainda crescentes por mais 10 anos, segundo sua promessa em seu discurso na ONU.
O mercado cimenteiro Chinês conta com muitos fatores de apoio governamental que permitirão à indústria de cimento se recuperar para os níveis pré-pandêmicos até o final de 2020. Apenas uma terrível, e não esperada, nova onda do vírus poderá interromper a recuperação do setor no segundo semestre deste ano.