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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114A poluição do Ar em Pequim tem sido descrita como apocalíptica nas últimas semanas de janeiro. Pessoas sufocadas em ruas escuras, tomadas pela fumaça, com falta de ar e com olhos ardendo devido ao ar tóxico. Mas Pequim é apenas uma das centenas de cidades, principalmente na Ásia, onde a poluição do ar é uma das causas de mortandade que mais cresce entre as populações urbanas. Nos últimos meses tem havido incidentes aéreos causados pela poluição em Bangladesh, Irã, Afeganistão, Nepal e Paquistão. Em Teerã, as autoridades desesperadas decidiram fechar todos os órgãos governamentais, escolas, universidades e bancos, duas vezes nos últimos dois meses. A culpa, invariavelmente é imputada à geografia das cidades, inversão das temperaturas, especialmente nos meses frios , no número muito crescente de veículos em circulação, nas usinas de energia, nos incêndios florestais e, agora, também ao crescimento da construção civil, muito embora, em um estudo recente da conceituada revista inglesa a THE LANCET ter concluído que os maiores danos à saúde eram ocasionados pela poluição do ar dos escapamentos dos caminhões e automóveis de um modo geral.
O Governo de Pequim anunciou projeto de lei destinado a combater o problema. O projeto foi publicado no site do Governo, no sábado (19/01/2013) e estará aberto aos comentários públicos até 08 de fevereiro de 2013. O projeto sugere a proibição para a construção de novas fábricas de cimento e aço, bem como sugere “fechar” empresas, ou desligar seus sites, quando a poluição atingir um determinado nível que será estipulado pelo governo. As indústrias e Usinas de energia seriam obrigadas a fornecer informações sobre as suas emissões de poluentes e poderão ser multadas se não aderirem às novas regras. O projeto de regulamento também sugere limitar o uso de veículos e multar motoristas cujos veículos excedam os limites de emissões. As estatísticas são pouco confiáveis, com poucas cidades capazes de monitorar com precisão a origem ou o nível de poluentes lançados no ar, pelo tráfego, navios, indústria de um modo geral e dentre elas as indústrias de cimento. Em Teerã, mais de 4.500 pessoas teriam morrido, no ano passado, devido a poluição do ar. Como não há medicamentos disponíveis para combater a poluição do ar, esse problema nunca foi levado tão a sério pelos governos asiáticos, embora a Organização Mundial de Saúde estima que mais de 2 milhões de pessoas, em todo o mundo, morrem anualmente devido aos efeitos danosos do ar poluído. O maior estudo feito até agora, publicado há um mês no The Lancet sugere que, em todo o mundo, um recorde de 3,2 milhões de pessoas morreram com problemas relacionados a poluição do ar no ano de 2010, em comparação com as 800.000 pessoas que faleceram em 2000. O Relatório Anual Global das doenças (GBD) classificou a poluição do ar, pela primeira vez, na lista das 10 doenças mais mortais, com 1,2 milhões de mortes por ano no leste da Ásia e na China , e 712.000 no sul da Ásia, incluindo Índia .
Mas enquanto Pequim tem as manchetes esta semana, há uma evidência crescente de que a poluição na Índia é tão ruim, se não pior, do que na China . Um estudo conduzido por imagens de satélite pela Universidade de Tel Aviv, no ano passado, informou que nas grandes cidades indianas o aumento da poluição era de dois dígitos de 2002 a 2010. Melhorias na tecnologia dos combustíveis dos veículos foram feitas desde 2000, mas essas ações são praticamente anuladas pelo aumento gigantesco no tamanho da frota nos países.
Os países ricos não ficam fora dessa problemática. Um relatório da Agência Européia para o meio ambienterevelou que quase um terço dos moradores das cidades da Europa está exposto a concentrações de partículas bem acima dos limites legais estabelecidos pela União Européia e se nada for feito, estima-se cerca de 200 mil mortes prematuras, por ano, na Europa até 2020, devido à emissão de partículas e com uma ação séria e concentrada este número pode ser reduzido para 130.000 mortes, ou seja, uma redução de 35% e que pode ainda melhorar.