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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114Conhecendo o mercado de cimento na América do Sul.
Os países da América do Sul estão em estágios diferentes de desenvolvimento econômico, com indústrias de cimento de vários tamanhos e idades. Nove países, como a Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, têm fábricas de cimento instaladas e a soma de toda a produção desses países equivale a produção do Brasil, conforme mapa e países a seguir.
Uma observação importante sobre o continente é a presença de empresas Brasileiras cada vez mais forte, tanto na argentina, onde a INTERCEMENT da Camargo Correa, controla a Loma Negra, como a gigante Votorantim Cimentos, que já está presente no Chile (por meio de 15% das ações da Bío Bío), na Bolívia (67% da Cementos Camba), no Paraguai (35% da Cementos Iguazu), no Uruguai (38% da Cementos Artigas) e mesmo na Argentina (38% da Cementos Avellaneda).
Argentina:
A Argentina, com suas 15 plantas instaladas, é o segundo maior mercado da América do Sul, depois do Brasil. A marca de maior participação no país é a Loma Negra, que pertence ao Grupo Camargo Corrêa do Brasil, administrada pela Holding cimenteira do Grupo, a INTERCEMENT, operam com sete plantas integradas, com capacidade instalada total de 7,7 Mt/ano e para aumentar a capacidade até 2014, estão investindo cerca de US$ 400 milhões de dólares.
A Loma Negra passa por sérios problemas no último trimestre de 2013, já que a planta do Grupo em San Juan apresentou problemas, o que afetou fortemente a oferta de cimento no país, com um forte desequilíbrio entre oferta e demanda, em um momento em que o país passa por um considerável crescimento na procura pelo produto, chegando a crescer dois dígitos, quase 11% em relação ao mesmo período de 2012, antes do problema na planta de San Juan acontecer.
No país existem três produtores locais, Cementos Avellaneda, PCR e Cementos Artigas que juntos possuem uma capacidade instalada de 7,0Mt/ano. A Loma Negra, embora nacional, pertence hoje a multinacional brasileira INTERCEMENT. Como única multinacional na Argentina, considerando que a Loma Negra é local, porém com donos estrangeiros, existe apenas a Suiça Holcim, maior produtora de cimento do mundo, que produz cerca de 3,1Mt/ano em suas quatro fábricas naquele país
Embora a indústria de cimento da Argentina tenha uma capacidade instalada de 16,8Mt/ano, o país produziu 10,7Mt de cimento em 2012. Sendo uma produção ainda menor que a de 2011, quando produziram 11,6Mt, indicando uma taxa de utilização da capacidade de apenas 60%.
Ao longo dos últimos anos, uma série de mudanças no comando das indústrias cimenteiras da Argentina tem ocorrido com frequência. A Cementos Avellaneda encampou 2,5Mt/ano da planta Olavarria e em janeiro de 2013, a espanhola Cementos Molins vendeu uma participação de 16,1% da Cementos Avellaneda para Brasileira Votorantim.
Em 2013, nos primeiros trimestres, a indústria cimenteira apresentou bons e animadores resultados em termos de produção e consumo, com aumentos substanciais na produção mensal em relação a 2012. Em maio de 2013, por exemplo, o país voltou a produzir mais de 1Mt de cimento em um único mês, fato que só ocorreu anteriormente em novembro de 2011.
A previsão de crescimento econômico da Argentina aponta para 4,6% em 2013. Se a relação histórica entre a produção de cimento e o crescimento do PIB se mantiver, haverá um crescimento substancial na produção de cimento neste ano e isso deve reforçar e animar os balanços dos grandes produtores, como a Loma Negra, que viu seu lucro cair pela metade em 2012.
Apesar da probabilidade de crescimento para a indústria de cimento, não há muito espaço para grandes aumentos no consumo de cimento no país, considerando a capacidade já instalada e a ociosa do país. Esta tendência tem sido observada nos últimos 20 anos, com a utilização de 52% da capacidade instalada no início de 1990 e de 60% em 2013, não há grandes projetos de expansão planejados ou em curso na Argentina, exceto os projetos divulgados pela INTERCEMENT para 2014, nenhuma outra movimentação nesse sentido por parte dos outros grupos cimenteiros locais.
Bolívia:
A Bolívia tem um dos menores parques industriais de cimento da América do Sul, com uma capacidade total de 2,8Mt/ano em seis fábricas de cimento instaladas no país. A primeira indústria de cimento começou com a criação da Soboce (Sociedad Boliviana de Cemento) planta que produz o Cemento Viacha desde 1928. Inicialmente com uma capacidade instalada de 65t/dia, a planta, desde então, expandiu-se para 0,5Mt/ano e atualmente a Soboce tem uma capacidade instalada de 0,7Mt/ano e mais de duas plantas no país. O restante do mercado cimenteiro e dividido entre quatro players locais, que juntos somam uma capacidade instalada de 2,0Mt/ano. Os relatórios indicam que a Bolívia produziu 2,8Mt de cimento em 2011. A previsão é que nos próximos anos, a FÁBRICA NACIONAL DE CEMENTO S.A., a “FANCESA“, empresa com ações do Governo Central, Prefeitura de Sucre e da Pontifícia Universidade de San Francisco Xavier de Chuquisaca, deverão montar uma fábrica em Maragua até 2015, com um investimento de US$ 200 milhões de dólares e a empresa estatal de cimento a Ecebol, montará uma nova fábrica de cimento em Oruro-Caracollo, que deverá ficar pronta em 2018 e deseja cobrir 22% da demanda nacional. O investimento previsto é de US$ 306 milhões de dólares. O grupo Votorantim, que já opera uma moagem em Santa Cruz pela ITACAMBA desde 1991, fez uma parceria com a empresa espanhola Cementos Molins para expandir seus negócios de cimento na América Latina através da nova empresa Yacuces cimenteira. Votorantim terá uma participação de 51% na joint venture e fica com 66,7% da empresa de Itacamba Cemento em Yacuces. A Votorantim e Molins já tem parcerias de negócios na Argentina e no Uruguai através de empresas Cementos Avellaneda e Cementos Artigas.
O Chile tem sete fábricas de cimento integradas, com uma capacidade combinada de 5,5Mt/ano. As fábricas de cimento estão localizadas principalmente no centro do país, perto da capital Santiago, com uma fábrica também ao norte do país. O maior produtor do Chile é Cementos Bío Bío (CBB), que tem 2,4Mt/ano (44% da capacidade instalada do Chile) em quatro plantas no país. A CBB foi criada em 1957, em Talcahuano,cidade da província de Concepción, localizada na Região de Biobío que deu origem a marca mais famosa do país, com uma capacidade inicial de apenas 0,12Mt/ano, expandiu-se em 1978 com a aquisição daNational Cement, com sua planta em Antofagasta. Em 1995, a CBB construiu a uma nova linha em Curico e no mesmo ano a fábrica de Talcahuano chegou 0,75Mt/ano. Em meados de 1998, ampliou a produção da planta em Antofagasta para 0,5Mt/ano e ao final daquele mesmo ano concluíram a ampliação da fábrica de Curico, com mais 1Mt/ano acrescidas a sua capacidade inicial. Atualmente a Votorantim cimentos detêm 15,15% do capital da cimenteira chilena,
A Cemento Mélon, desde 2000, passou a fazer parte dos ativos da LAFARGE, com sua planta em La Calera, região de Val Paraíso, com capacidade total de 0,85Mt/ano. A Holcim, com sua marca Cementos Polpaico, opera a maior fábrica do país, com capacidade de 1,6Mt/ano, instalada em Cerro Blanco, há 40 quilômetros ao norte de Santiago, ainda na região metropolitana da capital chilena.
A produção de cimento chileno caiu após um pico em 2008, quando atingiu a marca de 4,6Mt/ano, em 2011 e 2012 houve uma ligeira recuperação, com produções respectivas de 4,4Mt em 2011 e 4,7Mt em 2012. Nos primeiros seis meses deste ano de 2013, o Chile produziu 2,36Mt de cimento, com uma média de produção de cimento de 393 mil t / mês, números que apontam para uma produção total aproximada de 4,72Mt para todo o ano de 2013, uma quantidade ligeiramente superior ao montante produzido em 2012. A economia do país deverá crescer 4,6% em 2013, o que deve proporcionar um crescimento contínuo da demanda por cimento no pais a curto e médio prazo.
Na Colômbia existem 16 fábricas de cimento em operação e estão localizadas, principalmente, ao norte e oeste do país. O parque industrial cimenteiro colombiano é bem desenvolvido, com capacidade instalada próxima de 13,4Mt/ano. No pais operam, além da multinacional CEMEX, com 4,1 Mt/ano, a Cementos Argos com 6,2Mt/ano, que são os dois principais players do mercado. A Holcimtambém marca sua presença no país através da Holcim (Colômbia), com sua planta Nobsa (no estado colombiano de Boyacá, que compõem a marca da Holcim no país, conforme imagem ao lado) com capacidade de 2,1Mt/ano. Três outros produtores locais compartilham os 0,75Mt/ano restantes da capacidade instalada do país. A Cementos San Marcos, que iniciou suas operações em San Agustin, na região do Valle del Cauca em junho de 2012 e outros dois menores.
A Holcim e a Cemex entraram no mercado colombiano em 1969 e 1996, respectivamente, no entanto, a regional Cementos Argos, que opera uma série de subsidiárias é um grupo 100% colombiano, que iniciou suas operações de Medellín em 1934 e é o líder em cimento, concretos e agregados no país. A partir de 1998, o grupo se internacionalizou, com unidades na República Dominicana, Venezuela, Haiti e Panamá. Em 2012, o grupo adquiriu três fábricas de cimento nos Estados Unidos que eram da francesa Lafarge. Estas plantas estrangeiras tornaram o grupo colombiano o único grupo não brasileiro e produtor de cimento da América do Sul a operar ativos de cimento fora de suas fronteiras.
A indústria do cimento colombiano projeta uma expansão para os próximos anos. Em novembro de 2012, a Holcim Colômbia anunciou que iria construir sua segunda fábrica de cimento integrada ao custo de US$ 600 milhões de dólares, com capacidade instalada de 2,0Mt/ano em território colombiano. O Grupo planeja bons resultados no país com o aumento nos gastos futuros do governo em infraestrutura. A Holcim espera que a demanda de cimento na Colômbia cresça dos atuais 10Mt/ano, alcançados em 2011, para cerca de 17Mt/ano até o ano de 2020, independente dos resultados pouco animadores registrados no 1º trimestre de 2013, quando a demanda por cimento caiu 7,6% em relação ao mesmo período de 2012. Ao mesmo tempo, com a fusão anunciada da Lafarge com a Holcim, os planos poderão ser revistos.
A indústria de cimento do Equador, com capacidade instalada de 4,1Mt/ano, tem apenas três produtores e que cada um com apenas uma planta integrada em operação: A Holcim (3,5Mt/ano), as Indústrias Guapan, uma empresa com mais de 55 anos, que produz e comercializa 0,35Mt/ano do cimento Guapan, na região sul do Equador. A Cemento Chimborazo (0,23Mt/ano). A Holcim, que entrou no mercado equatoriano em 1976, também opera uma moagem de cimento 0,5Mt/ano em Latacunga, sendo o maior produtor e detentor da maior fatia do mercado do Equador. A planta integrada da Holcim, localizado em Guayaquil, está atualmente em fase de expansão para 5,4Mt/ano com previsão de gastos de US$ 400 milhões de dólares. O processo de expansão, que começou no final de 2012, deverá ser concluso em 2014. Como na vizinha Colômbia, a Holcim está se expandindo, a fim de beneficiar a futura demanda de projetos de infraestrutura e habitação e, de fato, no Equador, no primeiro trimestre de 2013, o consumo de cimento cresceu 10,5% em comparação com 2012 e o país foi um dos três únicos do continente que registrou aumento no consumo de cimento para o período.
O Paraguai tem a capacidade instalada para produzir 0,7Mt/ano de cimento, tendo a menor indústria de cimento dos países produtores da América do Sul. Em 2011 o país produziu cerca de 0,65Mt de cimento, uma taxa de utilização de 93% da capacidade instalada e esse nível de utilização se estabilizou desde meados da década de 1990. Em 2004, devido aos reflexos da crise Argentina, o Paraguai registrou a menor demanda, cerca de 0,47Mt/ano. Com apenas uma única fábrica de cimento no país, localizada em Puerto Vallemí, que dá nome ao cimento que produzem (Cementos VALLEMI), perto da fronteira com o Brasil, essa fábrica é operada pela estatal Indústria Nacional del Cemento e tem capacidade para produzir 0,7Mt/ano (mesma capacidade instalada do país). Atualmente a fábrica vem atravessando grandes dificuldades técnicas. Uma paralisação planejada para 30 dias em março deste ano, durou mais de 75 dias, com isso aumentou a dependência do Paraguai do mercado Argentino (que passa por dificuldades desde outubro/13, devido a falhas na oferta da Loma Negra). O presidente da empresa Carlos Krussel disse que o cimento da Argentina estava sendo trazido ao Paraguai sem o pagamento dos impostos devidos e os preços mais caros de cimento no Paraguai, em comparação com os preços que chegavam da Argentina, estavam colocando a planta doméstica em sérios riscos.
Uma segunda fábrica de cimento está em construção no Villa Hayes. Uma planta 0,4Mt/ano que será operada pela Yguazú Cementos, de propriedade dos grupos brasileiros Votorantim, Camargo Corrêa e Concremix, grande concreteira brasileira. A fábrica em construção, sem data certa para a conclusão, quando em operação, a velha e ineficiente Indústria Nacional Del Cemento deverá enfrentar ainda mais problemas, correndo sérios riscos concorrenciais.
Peru:
Indústria de cimento no Peru, junto com a da Bolívia, é uma das maiores indústrias de cimento na América do Sul, com a capacidade de produzir 10,3Mt/ano e cimento em cinco instalações. O maior produtor é Unacem, formada em 2012 a partir de Cementos Lima e Cemento Andino. Atualmente a Unacem tem duas plantas integradas e uma capacidade total de 6,7Mt/ano, cerca de 65% do mercado total do Peru. A empresa, através de sua história como Cementos Lima (Peru e Cimento Portland antes disso), iniciou a sua história de produção desde 1916. Três outros produtores, Cemento Yura (2Mt/ano), Cementos Pacasmayo (1,3Mt/ano) e Cemento Sur (0,3Mt/ano) têm uma planta cada. A Cementos Pacasmayo mais do que dobrou seu lucro em 2012 com o aumento das vendas para obras públicas e de infraestrutura a Cemento Yura, do Grupo Glória que além de cimento e concreto, produzem alimentos e leite, está construindo uma nova linha de produção 4500t/dia de cimento, com um investimento de US$ 217 milhões de dólares, fora a planta integrada, o grupo está construindo uma moagem para aumentar a capacidade em 2014 e 2016 e essa produção adicional deverá ser direcionada aos mercados do Sul do Peru e para o pequeno país vizinho da Bolívia..
Essas expansões são consistentes com uma tendência recente de maior consumo nacional de cimento, devido ao setor da construção e imobiliário. A demanda por cimento subiu 3,7% em 2011 e os despachos subiram 15% em 2012. Os despachos voltaram a crescer 11,4% no primeiro semestre de 2013, já que o país apresentou uma das economias de maior crescimento no continente em 2012 e espera-se que continue a crescer fortemente em 2013, o que irá certamente alavancar a demanda por cimento no curto e médio prazo no país.
Uruguai:
Atualmente, existem quatro fábricas de cimento integrados em operação no Uruguai, duas das quais são operadas pela Administración Nacional de Combustibles Alcohol y Portland (ANCAP) e as outras duas são operadas pela Cementos Artigas. A ANCAP tem atualmente uma capacidade instalada, nas duas plantas de apenas 0,56Mt/ano mas, atualmente, está em expansão, com a construção de uma nova planta. A ANCAP é um dos três Grupos que está construindo uma nova fábrica, localizada ao sul do país. Os outros Grupos são o Brasileiro Votorantim e o Espanhol Cementos Molins. As três empresas estão focando um suposto aumento na procura de cimento do Brasil, devido aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Mesmo com a venda de cimento no sudeste do Brasil apresentando o menor crescimento percentual do país até outubro de 2013, em comparação ao mesmo período de 2012, a construção de uma planta no Uruguai, especificamente para abastecer o mercado de fora do país, representa uma nova, interessante e diferente estratégia, já que um dos principais impulsionadores do projeto é o país de destino do cimento (Brasil), porém, por outro lado, os grupos investidores esperam que haja uma maior procura por cimento no país paro os próximos anos.
A Cementos Artigas, que é propriedade da Cementos Molins e da Votorantim Andina, opera uma fábrica de cimento 0,5Mt/ano em Verdum, no sudoeste do país e também opera uma moagem de cimento em María y Orticochea Garzón, na região de Montevidéu.
Venezuela:
Atendendo as demandas do Socialismo Chavista do Século 21 da Venezuela, várias áreas de empresas privadas e instalações industriais foram expropriadas nos últimos anos. Isto inclui a maioria das fábricas de cimento, que foram forçosamente adquiridas pelo governo Venezuelano, “tomadas” de produtores de cimento nacionais e multinacionais.
O resultado desse processo de re-nacionalização é que a Fábrica Nacional de Cementos (FNC Venezuela) agora opera com seis fábricas de cimento integradas e têm uma capacidade instalada de 8,2Mt/ano. Uma outra planta, que produz 1,8Mt/ano, está sob o controle de Indústria Venezuelana de Cementos (Invecem), que também é controlado pelo governo do país. A planta de Cerro Azul, que produz 1Mt/ano de cimento no Município de Piar, também é administrada por uma estatal venezuelana que começou a produzir cimento no final de 2012.
Apenas uma fábrica de cimento, com capacidade de 0,75Mt/ano, a planta de Cementos Catatumbo, na Vila Del Rosário, no estado da Zulia, permanece em mãos da iniciativa privadas. Isso significa que 94% da capacidade instalada de cimento do país está totalmente sob controle do governo.
Antes de 2008, o cenário da indústria de cimento na Venezuela era muito diferente, com os principais players apostando no país, como a Lafarge, Holcim e Cemex. A francesa Lafarge era proprietária de fábricas no estado de Táchira, na região dos Andes e de uma outra planta na cidade de Ocumare del Tuy, em Miranda, região metropolitana de Caracas. A mexicanaCemex possuía as plantas nos estados de Lara, no porto de Pertigalete e outra em Maracaibo, capital da Zúlia. As fábricas controladas pela Holcim em San Sebastian, no estado de Aragua e outra em Puerto Cumarebo, capital da Zamora. Todas as plantas foram expropriadas e assumidas pela Invecem. A Cementos Andino, produtor local, com sua fábrica em Money, no estado do Trujillo, também teve sua fábrica tomado pela estatal FNC Venezuela.
Nos casos da Lafarge e da Holcim, as multinacionais decidiram permanecer com uma minoria das ações das indústrias venezuelanas, mas com a Cemex o processo de expropriação foi mais complexo. O governo determinou que os ativos da Mexicana fossem desapropriados em abril de 2008, mas a Cemex não concordava com os valores oferecidos pelo governo à época, que somava US$ 600 milhões de dólares. A Cemex exigia o pagamento de US$ 1,3 bilhões de dólares e o “desacordo” foi fechado no final de 2011, vencendo a oferta imposta pelo governo.
A expansão da capacidade instalada de cimento no país é prioridade para o governo atual. Novas linhas estão chegando à fábrica Monay- Trujillo (FNC), bem como para a planta San Sebastian (Invecem), enquanto que o governo investe na construção de mais uma fábrica, a planta de El Pinto em Cerro Azul, prevista para começar a operar em 2016 e que deverá produzir 1Mt/ano de cimento.
Embora a capacidade instalada de cimento esteja aumentando no país, o consumo e produção da Venezuela têm variado muito nos últimos anos. A produção aumentou de 6,3Mt em 1991 e bateu o recorde em 2006, quando chegou a 11Mt/ano, em seguida, no ano seguinte, a produção e o consumo caíram drasticamente para cerca de 8Mt/ano e, desde então, estabilizou-se em torno desse número, variando de 7,5 a 8,5Mt/ano. Com cerca de US$ 600 bilhões de dólares destinados, pelo governo venezuelano, aos projetos sociais, econômicos e de infraestrutura para o período 2013-2019, a demanda por cimento tende a crescer novamente se o governo acertar na implementação das políticas previstas.