supsystic_tables
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114A Buzzi Unicem, uma das vinte maiores empresas produtoras de cimento do mundo, italiana com sede na cidade de Casale Monteferrato, assinou ontem, dia 06 de setembro, um acordo para compra de 50% do Grupo Ricardo Brennand, produtores da marca CIMENTO NACIONAL que agora também é Italiano. A aquisição inclui as duas plantas do Grupo pernambucano, uma na cidade de Pitimbu/PB e a outra, a primeira do grupo, que iniciou a produção em maio de 2011 na cidade mineira de Sete Lagoas.
Inicialmente, a Buzzi Unicem desembolsará R$ 700 milhões de reais, dos quais R$ 350 milhões serão para a compra das ações e a outra metade para o aumento de capital. O fechamento dessa etapa do negócio deve ocorrer até 31 de dezembro de 2018, caso não haja qualquer restrição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Já a conclusão total do negócio, pode se estender até o ano de 2025, se alguma das opções firmadas forem exercidas, já que o acordo dos acionistas prevê uma opção de compra do total das ações pelo Grupo Italiano a partir de janeiro daquele ano.
A fábrica de cimento mineira tem capacidade de 1,2 milhões de toneladas de clínquer e 2,4 milhões de toneladas de cimento. Essa planta, em 2017, vendeu apenas 1,7 milhões de toneladas de cimento, tendo operado com uma capacidade ociosa próxima aos 30 por cento. A planta paraibana com capacidade produtiva de 1,7 milhões de toneladas de cimento por ano, operou em 2017 com uma ociosidade ainda maior, já que comercializou somente 1 milhão de toneladas de cimento, fechando com uma ociosidade de 41 por cento.
A cimenteira da Brennand, uma das caçulas do mercado brasileiro, também coloca um pé fora do país, ou, como queiram, alia-se a um braço forte europeu. Vale lembrar que desde 2014, quando o Brasil alcançou o pico das vendas de cimento, chegando a quase 72 milhões de toneladas, alguns grupos nacionais que entraram no mercado naquele momento, navegando nas “ondas do otimismo” já jogaram a toalha ou buscaram apoio em multinacionais para suportar o tranco das dificuldades do setor nos últimos anos.
O Cimento Apodi, antes genuinamente cearense, em agosto de 2016, vendeu 50% de suas ações para o Grupo Grego da Titan Cement. Em fevereiro de 2017 a portuguesa Secil fechou a compra da totalidade das ações da Supremo Cimentos e, agora, uma das tradicionais famílias de produtoras de cimento de Pernambuco vende a metade de suas plantas para os Italianos.
Quanto a essas acomodações e reviravoltas do mercado cimenteiro, ainda tem muita água para rolar… Marcas, plantas e grupos inteiros ainda poderão trocar de mãos. O país precisa retomar o crescimento sustentável e experimentar um novo crescimento na construção civil, ou muitos outros grupos nacionais seguirão essa mesma tendência.