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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114Começou a operar no nordeste a primeira fábrica do Grupo Ricardo Brennand, localizada no Litoral Sul paraibano, no município de Pitimbu, região rica em calcário, que é a principal matéria-prima para fabricação de cimento. O grupo chega ao mercado nordestino, com a marca Cimento Nacional, já com experiência no mercado cimenteiro e mesmo na região, já que atuaram com unidades industriais, ainda como Grupo Brennand, produzindo cimento na Paraíba e em Alagoas e comercializando suas marcas em todo nordeste. Chegaram a deter mais de 6% do mercado nacional, quando em 1999 venderam suas fábricas ao Grupo Português Cimpor (atual InterCement), ficando fora do mercado cimenteiro por cerca de 10 anos, por força de contrato quando da venda à CIMPOR.
A partir de 2000, com a reestruturação societária, o Grupo Ricardo Brennand, que é um dos braços da família pernambucana e do antigo Grupo, investiu fortemente no setor energético e em maio de 2011 inaugurou sua primeira fábrica de cimento em Sete Lagoas-MG, com capacidade instalada atual 2,5 milhões de toneladas por ano e agora retornam ao mercado nordestino, região de origem do grupo e da família. No estado do Maranhão, o Grupo Cornélio Brennand, o outro braço da família, que também investiu forte em energias renováveis, vidros planos e real state, também inaugurou uma moagem de cimento e produzem, desde dezembro de 2014, a marca Cimento Bravo.
Com a implantação da mais nova unidade, no chamado Polo Cimenteiro, a Paraíba passa a contar com quatro fábricas de cimento em funcionamento. Pois além da Brennand, estão instaladas outras três fábricas, em João Pessoa (InterCement), Caaporã (Lafarge) e Alhandra (Elizabeth) e outras duas, uma da InterCement e outra da Votorantim que estão em processo de implantação nos municípios do Conde e Caaporã. Com a consolidação dos dois projetos, o estado da Paraíba poderá alcançar a capacidade produtiva de 9 milhões de toneladas de cimento por ano, o que o tornaria o segundo estado maior produtor de cimento do país, perdendo apenas para MG. Os números divulgados e estimativas dão conta que a Paraíba produziu em 2014, um pouco menos de 3,0 milhões de toneladas de cimento, enquanto o consumo aparente para o produto não deve ter ultrapassado 1,4 milhões de toneladas (Dados ainda não divulgados por determinação do CADE).
A expectativa é que a mais nova planta nordestina, uma das 29 fábricas atualmente instaladas na região, produza cerca de 1,5 milhão de toneladas de cimento por ano, para atender todos os estados, tendo como principais focos os estados da Paraíba e Pernambuco, porém seus produtos já estão chegando da Bahia ao Maranhão, ou seja, a nova marca deverá espalhar sua atuação em todos os estados nordestinos, acirrando ainda mais o já concorrido mercado local. Para se adequar à demanda atual da construção civil, a fábrica inicia suas operações com apenas 70% de sua capacidade instalada, percentual que deve ser mantido enquanto o cenário não sinalizar mudanças. A nova marca montará dois centros de operações logísticos, um em Caruaru-PE e outro em Natal-RN.
A decisão de se investir em novas plantas cimenteiras no nordeste tomou força nos anos de 2010/2011, quando a região apresentava crescimentos bem superiores ao consumo nacional. Desde então novas empresas e novos grupos começaram a se instalar. Em 2010 a região contava com apenas 19 plantas produzindo cimento, com uma capacidade média instalada de aproximadamente 15 milhões de toneladas/ano. Com a inauguração dessa mais nova fábrica paraibana, a capacidade média instalada da região ultrapassará os 24 milhões de toneladas/ano, um crescimento de aproximadamente 60% na capacidade instalada desde então, contra uma forte retração atual no mercado. Na época da venda da Brennand para os portugueses (1999), na região operavam apenas 03 grupos cimenteiros e mesmo antes de 2010, não existiam mais que cinco grupos em operação na região. Agora, em 2015, a região já conta com 14 grupos cimenteiros, com 29 plantas produzindo cerca de 17 marcas diferentes de cimento.
Na última quarta-feira (02/09) o presidente da Brennand Cimentos, José Eduardo Ramos, em uma coletiva de imprensa no Recife, falou um pouco sobre a nova fábrica e sobre os números:
“Todos os números mostravam o Nordeste crescendo e era preciso investir na região, então desde 2011 vínhamos levantando outros possíveis locais para montar a produção. Como a localização fica muito próxima à divisa entre os dois Estados, vamos atender bem os nossos principais mercados, Pernambuco e Paraíba”.
Foi logo após a inauguração da unidade mineira que a empresa começou a se preparar para atuar no Nordeste, pegando carona no crescimento local e voltando para a região de origem da família Brennand. A inauguração, no entanto, acabou acontecendo em circunstâncias diferentes das esperadas.
“Até cerca de um ano atrás o cenário era outro. Mesmo assim, não tivemos descontinuidade no projeto, ligamos a fábrica. É um investimento de longo prazo, temos oferta de matéria-prima, que deve durar entre 50 e 60 anos. Sabemos que o ano que vem ainda vai ser complicado, mas vamos segurar”, afirmou Eduardo Ramos.
Adaptação: redação www.cimento.org