Cimento? O Brasil Parou!

Dados preliminares da indústria e estimativas de mercado indicam que as vendas internas de cimento em fevereiro de 2016 somaram 4,6 milhões de toneladas, queda de 6,1% em relação a fevereiro de 2015 e uma queda acumulada de 13,8% no bimestre janeiro-fevereiro de 2016 sobre igual período do ano anterior. Os resultados do bimestre são inferiores aos realizados em 2011, ou seja, o país recuou cinco anos e pode piorar.

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As vendas acumuladas nos últimos doze meses (mar/15 a fev/16) atingiram 63,1 milhões de toneladas,  queda de 9,5% sobre igual período anterior (mar/14 a fev/15). No ano de 2015 a queda nas vendas de cimento, em relação a 2014, foi de 9,2%.

venda de cimento em fev2016

Muitas cimenteiras estão revendo estratégias de investimentos em novas plantas, ou mesmo em ampliações de plantas já existentes. Como registrado em nosso portal, a VOTORANTIM, maior produtora de cimento do país e uma das 10 maiores do mundo, informou que sofreu uma queda de 10% em suas vendas em 2015, forçando uma pisada nos freios, parando equipamentos menos eficientes e mesmo plantas inteiras, como suas fábricas de Ribeirão Grande e Cubatão, ambas em São Paulo.  A InterCement, holding cimenteira da Camargo Correa, também parou plantas e fornos no país.

venda snic 1 bimestre 2016

Por falar em São Paulo, a região sudeste que caiu 10,9% em 2015, sendo a segunda região com maior queda no ano, agora no bimestre de 2016 já perdeu 14,6% em relação ao ano passado, quando a queda no país foi menor. Menor ainda foi a queda da região sul, que caiu apenas 1,9% no bimestre.

Em 2006 a região sudeste respondia por 52% de todo o volume de cimento comercializado no país. Em 2015 comercializou 46% do total do país e no primeiro bimestre deste ano, respondeu por apenas 45%.

participação vendas por região em 2006

A região em queda livre, com grandes perdas em vendas e em consumo de cimento continua sendo a região centro-oeste que perdeu 12,5% em 2015 e somente no primeiro bimestre do ano já amarga uma nova retração de 22,7% em comparação com o mesmo período de 2015, queda bem acima da média nacional.

As cimenteiras e mesmo os distribuidores de cimento nunca tiveram tanta necessidade de se reinventarem para sobreviver à crise, precisam melhorar o faturamento a todo custo para atravessar a má fase. Muitas passaram a buscar clientes cada vez mais distantes, com maiores custos e, preços antes vistos como predatórios, não atrativos, passam ser vistos como viáveis e como solução para o necessário reforço de caixa. CimentOnline - Toda Obra Começa Aqui

Os editores do portal, em contatos com grandes consumidores de cimento do Distrito Federal, se assombraram com o desânimo do setor. Um dos empresários que, sem querer, contribuiu com o título dessa postagem, quando perguntado sobre como anda o mercado de cimento, concreto e construção civil, respondeu: “Cimento? O Brasil Parou!” 

E não é para menos, a venda de cimento no país sofreu queda de 9,2% em 2015 e o PIB da Construção Civil registrou, no mesmo ano, a maior queda dos últimos 12 anos, com uma queda de 7,6%. Em 2014 já havia registrado queda de 0,9%. Assim, no biênio 2014-2015 o segmento, essencial para o desenvolvimento do País, registrou queda de inacreditáveis 8,43%, diante de um cenário marcado por deterioração fiscal, incertezas políticas, baixo patamar de confiança, queda na produção, recessão econômica, desemprego elevado e crescente e inflação.

Postado em:
9 mar 2016 às 17:58hs
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