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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114A Loma Negra, maior produtora de cimento da Argentina, poderá levantar até US$ 1,1 bilhão por meio de uma oferta pública inicial (IPO) de ações na Bolsa de Nova York e da Argentina. O planejamento inicial era para levantar cerca US$ 800 milhões de dólares com a oferta pública, sendo que a maior parte dos recursos serão direcionados a InterCement Brasil, controladora e proprietária da cimenteira portenha. A decisão é usar o dinheiro para pagar dívidas da holding pertencente ao Grupo Camargo Corrêa, que luta contra os efeitos perversos da maior recessão no Brasil, tanto no setor de construção civil como no setor cimenteiro.
Para completar o pacote de dificuldades, o Grupo fundado por Sebastião Camargo ainda sofre com os efeitos deletérios do envolvimento do Grupo na operação Lava Jato, tendo sido Camargo Corrêa a primeira das grandes empreiteiras citadas no processo a admitir participação em cartel de propina na Petrobrás e no setor elétrico e a fechar um dos maiores acordos de leniência do País com o Ministério Público e com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), arcando com R$ 804 milhões de reais, por conta de seu envolvimento na operação.
No novo modelo da InterCement não há mais espaços para apegos a negócios que podem ser passados à frente ou mesmo desativados se não proporcionam resultados favoráveis. O Grupo já vendeu 23% da Camargo na CPFL, negociada para o grupo chinês State Grid, por nada menos que R$ 5,85 bilhões e também se desfez da Alpargatas, a dona das marcas Havaianas e, agora, com a IPO da Loma Negra começa a desfazer-se de partes de seu maior negócio que é o cimenteiro, onde se posiciona entre as 20 maiores empresas do mundo.
No Brasil o grupo ocupa a segunda posição em capacidade instalada e desde 2015 sinalizam algumas ações no mesmo sentido, suspendendo obras de construção e ampliações de plantas anunciadas, fechando algumas moagens, como as de Jacareí e Porto de Suape, respectivamente em São Paulo e em Pernambuco, bem como interrompendo a produção de fornos menos eficientes, como o de sua mais antiga planta no Brasil, localizada na capital paraibana no bairro da Ilha do Bispo.
A pressão dos números brasileiros tem afetado os fabricantes locais, regionais ou multinacionais e os resultados ruins, forçam os grupos cimenteiros a repensarem estratégias. No final de setembro a Votorantim Cimentos anunciou a venda de sua participação de 50% em uma companhia de cimentos no norte do Estado da Flórida. A venda faz parte da estratégia da companhia em priorizar alguns ativos e de redução em seu endividamento.
O mercado cimenteiro no Brasil enfrenta uma de suas maiores crises e já acumula queda de 28 por cento desde 2014. Os fabricantes nacionais já trabalham com uma ociosidade de 46 por cento sobre uma capacidade total de produção próxima aos 100 milhões de toneladas.