Venda de Cimento no Brasil em 2018

As vendas de cimento no mercado interno, entre janeiro a dezembro de 2018, totalizaram 52,7 milhões de toneladas, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC). Este montante representa queda de 1,2% frente ao mesmo período de 2017.

O consumo aparente de cimento (vendas no mercado interno + importações) totalizou 52,9 milhões de toneladas em 2018. O resultado representa queda de 1,5% em relação ao ano de 2017.

Impacto nos resultados e coprocessamento

Após um início positivo, no qual as primeiras projeções apontavam para crescimento próximo de 1% em 2018, o consumo aparente fechou o ano com queda de 1,5%. O desempenho da indústria ficou no azul entre janeiro e maio. A greve dos caminhoneiros e o início da desaceleração da economia, entretanto, reverteram as expectativas positivas.

A paralisação afetou as vendas e exigiu que as projeções fossem revistas. No mês da greve, o setor deixou de vender cerca de 900 mil toneladas, o que neutralizou a primeira previsão de  crescimento. A lenta recuperação econômica e o ambiente eleitoral também contribuíram para o quarto ano consecutivo de queda, que acumulados somam 26,2%.

A indústria do cimento sofreu ainda impactos em sua matriz de custos. Os preços do frete, insumos, combustíveis e energia elétrica aumentaram significativamente em 2018 e a indústria se viu obrigada a buscar alternativas para reduzir esses impactos.

O avanço no coprocessamento (geração de energia térmica a partir da queima de resíduos) é uma das soluções encontradas pela indústria, já que as novas legislações permitem uma maior diversificação desses rejeitos que podem ser coprocessados nos fornos de clinquer.

A exemplo de países da Europa, tais como Alemanha, Áustria, Holanda, há estados que atualmente permitem a utilização de pneus, biomassa, resíduos industriais e até resíduos sólidos urbanos (lixo urbano) como combustível para a fabricação de cimento. Outra medida adotada foi a modernização das normas do produto. A nova regra permitiu uma maior utilização de adições ao clinquer para fabricar o cimento, diversificando as aplicações e características do produto.

Indicadores econômicos melhores e novos governos geram otimismo para 2019

O ano de 2019 teve início com novos mandatos no governo federal e governos estaduais, o que melhorou os índices de confiança de maneira geral. As expectativas do consumidor, do comércio, da indústria, dos setores da construção e de serviços são de melhora.

De acordo com levantamento divulgado no último dia 27 pela FGV, 11 dos 19 segmentos do comércio pesquisados apresentaram melhora na confiança. Já o índice de confiança da indústria, por sua vez, registrou em dezembro avanço de 0,5 ponto – a segunda alta consecutiva.

No âmbito da construção imobiliária, a nova regra no distrato na compra de imóveis pode trazer uma maior segurança aos investimentos e alavancar novos lançamentos.

Paulo Camillo, presidente do SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento), observa que esses cenários levam as projeções para 2019 a um patamar positivo. “Após quatro anos de queda, acreditamos que 2019 será o nosso primeiro ano com sinal positivo. Esperamos um crescimento próximo a 3% para esse ano”, projeta Paulo Camillo.

Além desse otimismo com relação ao primeiro crescimento após quatro anos, o setor também vive a expectativa da conclusão de seu ambicioso projeto de mapear as emissões de carbono do setor, projetadas até 2050, e suas respectivas alternativas de redução. Assim como o posicionamento da indústria com relação aos instrumentos de precificação de carbono em políticas públicas.

Postado em:
4 fev 2019 às 01:00hs
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