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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114A brasileiríssima Votorantim Cimentos, uma das maiores cimenteiras do mundo, que já ocupa a nona posição no ranking dos 10 maiores players mundiais, em capacidade instalada para produção de cimento, continua tentando ampliar suas bases e negocia a compra da planta da McInnis Cement que fica no munícipio de Port-Daniel, em Quebec, no Canadá. A Votorantim já atua no país, na província de Ontário, na região dos grandes lagos, distante cerca de 1.400 quilômetros da planta da McInnis Cement.
A negociação não tem sido nada fácil. Além do pouco tempo de atividade da planta, inaugurada há apenas três anos (25/09/2017), as tratativas para aquisição da fábrica são com a Caisse de dépôt et placement du Québec (CDPQ), um dos maiores fundos de pensões do Canadá, mas sofre forte influência do Governo conservador e nacionalista da província de Quebec, através do seu Premier François Legault, que insiste que a fábrica tem que ser vendida à empresas quebequenses.
A fábrica de cimento da Gaspé foi um “erro grave”, diz Legault
A fábrica de cimento na cidade de Port-Daniel, que é objeto de rumores de venda, foi um “grave erro” de governos anteriores que causou “perdas significativas”, segundo o primeiro-ministro François Legault.
A decisão para a construção da fábrica na região começou em 2014, com um acordo entre a administradora de fundos de pensões e seguros (CDPQ) e o Governo de Quebec, ainda na gestão da primeira ministra Pauline Marois. Em 29 de junho de 2016, após estouros nos custos da construção da cimenteira, o governo de Quebec, já na gestão do premier Philippe Couillard desistiu de continuar investindo na planta, desembarcando do negócio. O controle da cimenteira passou ao fundo de pensão e caso aceitem a oferta da Votorantim, obrigará demais acionistas a seguirem na mesma direção.
Ainda não se sabe os valores envolvidos, nem quais as propostas existentes. Sabe-se, apenas, que a planta tem capacidade instalada de 2,2 milhões de toneladas/ano e que o custo total de sua construção atingiu U$1,6 bilhões de dólares. O custo total da construção da planta, bem acima dos tradicionais U$200,00 por tonelada/ano, pode ser mais um ponto desfavorável ao fechamento do negócio.
Além do imbróglio político que envolve a negociação da cimenteira, existe um outro forte candidato à compra da planta. A Béton Provincial, uma das maiores usinas de concreto do Canadá, que forneceu seus produtos para a construção da própria planta da McInnis e é um dos principais clientes da cimenteira, sendo a maior concorrente da Votorantim na compra da planta.
Diante das pressões e brigas políticas em relação a venda da planta de Quebec, a concreteira está solicitando mais dinheiro público para evitar que a planta saia das mãos dos quebequenses. Será que o nacionalismo do atual governo de Quebec e as pressões políticas irão, novamente, forçar a abertura das portas dos cofres públicos para investir no setor? Ou livre concorrência falará mais alto e a Votorantim assumirá o comando de mais uma fábrica no Canadá? Vamos continuar acompanhando e torcendo pelo melhor resultado para o mercado.