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A Votorantim Cimentos, maior produtora de cimento do país, sétima no ranking mundial, desde o começo do mês de julho, vem dando sinais que reajustará preços de seus produtos. Em uma matéria recente publicada no portal britânico CemNet.com, o diretor de negócios e CCO da Votorantim, Maurício Russomanno, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo setor no Brasil, onde por um lado, o declínio nas vendas de cimento no país que fechou 14% no primeiro semestre. Na outra ponta, as despesas e os custos do setor, atrelados ao IPCA (índice de preços ao consumidor), que nos últimos dois anos aumentou cerca de 18,2 por cento, tem forçado a Votorantim Cimentos adotar medidas duras para tentar manter sua solidez financeira e operacional. Mas, segundo Rusomanno, as iniciativas não têm sido suficientes para absorver o impacto dos aumentos nos custos.
Mauricio Russomanno
Na matéria publicada pelo portal CemNet, o Diretor disse que devido ao ambiente mercadológico difícil que o país atravessa, seguindo os outros setores que têm sido tão fortemente impactados pela crise e pelo processo inflacionário, que um ajuste será necessário: “…Nós vamos precisar ajustar nosso portfólio para esta realidade, passando parte da inflação do ano passado para os nossos produtos “.
No começo desta semana, a Votorantim Cimentos enviou um comunicado aos seus clientes em todo o Brasil, assinado pelo Diretor de Vendas Brasil, Hugo Sogayar Armelin, informando sobre a decisão em reajustar todos os seus preços, a partir do começo de agosto, em 8,5%.
Na nota, que segue a mesma linha da publicação da CemNet, foi reforçado que “o reajuste reflete o início da recomposição das margens, viabilizando os investimentos necessários para o pleno desenvolvimento da construção civil” e também que a Votorantim continua confiante que o país, em breve, retomará sua trajetória de crescimento e que, apesar da crise, o grupo ainda planeja investir cerca R$ 5 bilhões de reais no Brasil.
Sobre a Votorantim Cimentos
Grupo nacional de capital fechado, atuando desde 1933 no mercado de materiais de construção (cimento, concreto, agregados e argamassas), está entre os 10 maiores grupos do no setor, primeira no Brasil em Cimento e sétima no ranking mundial. Com capacidade produtiva instalada de cimento de 54.5 milhões de toneladas/ano. Operam unidades em todo Brasil, com 24 plantas de cimento, estão presentes, além do Brasil: Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Índia, Marrocos, Peru, Tunísia, Turquia e Uruguai, somando, ao redor do mundo, 34 fábricas de cimento, 22 moagens, 322 centrais de concreto, 86 instalações de agregados e 9 unidades de argamassa.
