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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114Avanços, Desafios e Perspectivas Promissoras
Nos últimos anos, o mercado de cimento no Brasil tem enfrentado desafios significativos. A partir de 2015, o setor foi abalado por uma grande crise, resultando no fechamento “temporário” de várias plantas, quedas nas vendas e no consumo, além da entrada de novos e grandes players internacionais. No entanto, o país começou a mostrar sutis sinais de recuperação, e desde 2019, mesmo durante a pandemia da COVID-19, houve um leve aumento no consumo, impulsionado principalmente pelo consumo formiga – pequenas obras de ampliação e restauração que ocorreram enquanto parte da população permaneceu em casa.
Esse cenário permitiu uma recuperação parcial em relação ao excelente ano de 2014. Atualmente, o mercado conta com 22 grupos cimenteiros, nacionais e estrangeiros, operando com um total de 103 plantas e uma capacidade instalada ativa e inativa para produção de cimento de 106 milhões de toneladas por ano. Contudo, é importante ressaltar que, ao considerarmos apenas as plantas com produção ativa, excluindo aquelas que foram paralisadas nos últimos anos, a capacidade instalada cai para 95 milhões de toneladas por ano.
Nos últimos 10 anos a posição dos maiores produtores de cimento no pais sofreu algumas alterações, alguns grupos perderam posições no ranking dos maiores, outros que até pouco tempo não operavam no setor, como a CSN que produziu seu primeiro saco de cimento em 2009, hoje já se posiciona na 3ª posição no ranking, quase empatado com a a INTERCEMENT. No caso dessa disputa, caso consideremos a capacidade ativa, ou seja, somente de plantas em operação, a CSN já ocupa a segunda colocação, já que das 16 plantas da INTERCEMENT, quatro estão paralisadas. Também o Grupo João Santos, que ocupa a 4ª posição no ranking, se excluíssemos as plantas paralisadas, ou a planta de Socorro em Sergipe, que continua numa disputa judicial com a MIZU, a cimenteira capixaba passaria a ocupar a 4ª posição.
A ociosidade no mercado de cimento no Brasil é um ponto de atenção, chegando em 2022 a cerca de 40% considerando a capacidade instalada total. No entanto, essa situação pode ser revertida com o mercado mostrando melhoras, pois os grandes grupos cimenteiros estão preparados para impulsionar a produção com pequenos investimentos, reduzindo a ociosidade e respeitando a importância da sustentabilidade ambiental, mantendo o setor no Brasil, como uma referência mundial nesse aspecto.
As regiões mais afetadas pelos fechamentos e paralisações de plantas foram o Norte, com três plantas, o Nordeste, com oito plantas com produção suspensa, e a região Sudeste, a maior região de consumo e produção de cimento do país, onde seis plantas foram paralisadas nos últimos nove anos. Em 2018, durante o período de queda livre no consumo de cimento, a ociosidade atingiu um alarmante percentual de 48,3%.
Apesar dos desafios enfrentados, o mercado de cimento no Brasil demonstra resiliência e possui um potencial significativo de crescimento. Recentemente, o sonho da casa própria estava cada vez mais distante para muitos brasileiros, devido ao aumento no preço dos imóveis e às elevadas taxas de juros, que dificultam o acesso ao crédito imobiliário. Entretanto, perspectivas promissoras têm surgido desde o início do ano.
Com a retomada do programa Minha Casa Minha Vida, quando o governo além da redução dos juros para o programa, ampliou as faixas de financiamento em até R$350 mil reais, somados aos efeitos positivos do Programa Desenrola Brasil que habilitará milhares de cidadãos ao mercado imobiliário, o mercado cimenteiro poderá apontar para um futuro mais promissor, especialmente após as assertivas e necessárias alterações na política de juros adotadas pelo Banco Central, já com uma resposta positiva no segundo semestre deste ano, revertendo a tendência de queda nas vendas que já acumula quase 2% em relação ao mesmo período de 2022.
O consumo de cimento nos últimos anos no Brasil, mostra com clareza os efeitos da crise do setor a partir de 2015 e o pior resultado de 2018.
Diante desse contexto de avanços e retrocessos, as perspectivas para o setor, que depende das políticas habitacionais, do aumento de renda e do investimento em infraestrutura, são encorajadoras. Tanto os atores governamentais quanto os do mercado estão unindo esforços para enfrentar os desafios do país e, consequentemente, fortalecer a indústria do cimento no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento da construção civil e da infraestrutura nacional.
A habilidade de superar obstáculos e a busca contínua por soluções inovadoras são fatores que sustentam a esperança em um futuro promissor para o setor no país. A indústria do cimento está acompanhando as mudanças e se adaptando às demandas do mercado, o que a capacita para desempenhar um papel fundamental no crescimento econômico do Brasil nos próximos anos.