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action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114As vendas de cimento em outubro seguiram, ainda, em forte crescimento e cresce quase 15% em outubro. As necessidades de reformas nas habitações, ainda identificadas quando no isolamento mais rigoroso, período em que os postos de trabalho migraram para as residenciais, transformando os lares de muitos brasileiros em seus postos de trabalho, alavancaram as vendas de cimento e materiais de construção desde abril deste ano atípico.
A continuidade das reformas e das obras, bem como o aumento dos lançamentos imobiliários estimulam as vendas, sendo responsáveis pelo bom desempenho do setor. A construção residencial, comercial e as reformas respondem por cerca de 80% do consumo de cimento, elevando as vendas, fazendo o resultado do mês cravar crescimento de 14,5% em relação ao mesmo mês de outubro de 2019.
No acumulado do ano (janeiro a outubro), os números também são muito bons, com um aumento de 10,1% comparado ao mesmo período do ano passado. As vendas por dia útil em outubro, foi estável leve crescimento de 0,1% sobre setembro deste ano e um crescimento de quase 20% (19,4%) em relação ao mês de outubro de 2019.
Mesmo com uma crise que assola diversos segmentos da economia, o mercado imobiliário vive um dos melhores momentos desde 2014, o ano do início da crise na construção civil. Com a queda da taxa de juros, no menor patamar histórico, a simplificação e desburocratização e novas linhas de crédito para comprar um imóvel ficou mais atrativo. Os brasileiros que podem, buscam imóveis maiores e estão dispostos a se afastar dos escritórios graças à opção do trabalho remoto.
“Acreditamos que o bom desempenho do setor deve continuar, mas a médio prazo ainda contamos com um horizonte de incertezas. O aumento das vendas de imóveis residenciais em patamares surpreendentes sustenta o desempenho do setor de cimento, mas impõe cautela para o futuro. É fundamental que haja geração de renda e emprego, a continuidade dos lançamentos imobiliários, a manutenção do ritmo das obras e da atividade econômica que manterão o fôlego do auto construtor e a confiança do empreendedor. Por outro lado, a infraestrutura continua sendo uma atividade de extrema importância para a indústria do cimento, mas ainda permanece com uma performance abaixo do necessário” – Afirma o Presidente do SNIC, que é o sindicato que representa o setor.
Correndo atrás do prejuízo
O melhor desempenho da região nordeste em relação as demais (crescimento de 14,9% no acumulado do ano) pode ser entendido como um reflexo do programa de auxílio emergencial. Segundo estudos, 44% da população do nordeste vivia com menos de R$ 420,00 (aproximadamente o valor da linha de pobreza segundo o Banco Mundial) por mês. Portanto o valor inicial do auxílio emergencial superou a renda mensal de boa parte da população dessa região, ampliando seu poder de compra.
Apesar dos números positivos registrados nos últimos meses, o setor ainda sofre as consequências da forte crise entre 2015 e 2018, que provocou a perda de quase 30% da demanda, o fechamento de 20 fábricas e dezenas de fornos, provocando uma capacidade ociosa acima dos 45% e que ainda está longe de ser recuperada, configurando uma severa queima de capital.
A recuperação do mercado imobiliário brasileiro começou, de fato, no fim do primeiro semestre, com os imóveis destinados à população de baixa renda, o que inclui programas sociais como o Minha Casa, Minha Vida e o recém-lançado Casa Verde e Amarela. Aproximadamente 75% dos imóveis vendidos foram destinados para ao segmento de menor poder aquisitivo.
O ponto de atenção continua sendo a morosidade do ritmo das reformas governamentais, com ênfase para a reforma tributária, que não vem tendo a dinâmica desejada e é fundamental para a simplificação e atração de investimentos em habitação, rodovias, portos, saneamento, entre outros tantos que são fundamentais para o desenvolvimento econômico do país.