supsystic_tables
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home1/gerinu07/www.cimento.org/wp-includes/functions.php on line 6114Depois que a Organização Mundial da Saúde declarou que o surto da COVID-19 era uma pandemia em 11 de março de 2020, governos em todo o mundo impuseram medidas de bloqueios, sem precedentes que reduziram as atividades econômicas, principalmente no segundo e terceiro trimestres daquele ano. Numa primeira fase, a atividade de construção foi particularmente afetada e, em alguns mercados, a indústria cimenteira parou completamente.
Dada a forte contração da demanda durante os primeiros meses da pandemia, e apesar das distorções e pressões, sem precedentes, exercidas sobre as economias em todo o mundo, a demanda realmente se recuperou bem, até o termino do ano, mantendo, mais ou menos, os mesmos resultados de 2019.
O consumo global de cimento caiu apenas 0,23% em 2020 em relação a 2019, fechando o montante de 4.143,71 Mt, enquanto o consumo per capita permaneceu nos 540kg/habitante por ano.
Grande parte dessa suposta estabilidade em 2020, mais uma vez, deveu-se à China, o maior consumidor mundial, representando 57% da demanda mundial, que garantiu um crescimento global de 2,17% em 2020, com volumes de cimento consumidos de 2.377,68Mt.
Se excluirmos a China, a demanda global por cimento sofre uma queda de 3,29%, embora tenha sido registrado uma grande variação da demanda, de país a país, até mesmo de região para região.
As regiões mais atingidas foram o subcontinente indiano, que é a região peninsular do Sul da Ásia onde se situam os países da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão, que registrou a maior queda na demanda, com quase 12% de queda (-11,91%). No sul da Ásia a queda foi de 8,26% e no norte da África de 8%, que registraram os maiores declínios, já que a pandemia e os bloqueios determinados nessas regiões, de certa forma, sufocaram a atividade de construção.
Já em outras regiões foi registrado um desempenho notável quando, após uma pausa inicial que assustou os produtores, a demanda se recuperou rapidamente, à medida que a pandemia provocou mudanças nos padrões de construção e um aumento notável na autoconstrução e nas reformas residenciais.
O crescimento regional foi maior no Oriente Médio (8,98%), liderado pelo forte desempenho dos principais mercados do Iraque, Irã e Arábia Saudita. Também em toda a África Ocidental houve um crescimento, com uma demanda robusta na Nigéria, bem como em muitos dos mercados vizinhos, que viram a demanda regional crescer 8,22%. A Europa Oriental cresceu 5,54 % e a África Oriental não ficou distante, crescendo 4,27%.
Em todo o mundo, uma onda sem precedentes de pacotes de estímulo dos governos, ajudou a impulsionar uma recuperação impressionante, impulsionando a previsão de crescimento do PIB para o anos seguinte, 2021, para 6%, contra uma queda de 3,2% em 2020 , segundo o FMI.
Como a pandemia continuou forte até o 2º semestre de 2021, as perspectivas permaneceram incertas, mas a partir das tendências atuais, espera-se que a demanda mundial de cimento aumente 4,65% em 2021 e 2,45% em 2022, de acordo com as projeções divulgadas pela 14ª edição do The Global Cement Report™.
O relatório também destaca uma desaceleração nas adições de capacidade instalada nos últimos dois anos, que despencaram ao longo da última década, de 77% em 2010 para 59% em 2020. Níveis de utilização da capacidade instalada estáveis ou crescentes fornecerão uma base para uma lucratividade melhorada para as empresas de cimento daqui para frente.