
À primeira vista, a vegetação dos mangues são apenas arbustos e pequenas árvores que crescem em zonas costeiras tropicais, mas apesar de sua aparência visivelmente simples e frágil, as florestas de mangues são uma forma fascinante de vegetação, perfeitamente adaptadas e que servem de habitat natural para muitas aves migratórias, que coabitam com uma diversidade de organismos e uma densa vida marinha. Os mangues, além de grandes barreiras naturais para proteção contra fortes ventos, erosões e inundações são, também, grandes áreas sequestradoras de CO2 da atmosfera.
Os manguezais, na verdade, são de vital importância para o ecossistema mundial, infelizmente mais de 35% dos mangues já foram destruídos ou prejudicados, seja pela poluição atmosférica, catástrofes naturais, pressão populacional advindo do crescimento urbano e de mudanças radicais nas políticas de utilização e uso da terra.
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Diante desse quadro de destruição na região de Cartagena na Colômbia nos últimos anos, grandes porções de terras na linha costeira tornaram-se vulneráveis e desapareceram, permitindo que grandes áreas urbanizadas da região fossem vítimas de muitas inundações. Por sua vez, a CEMEX, a sétima maior cimenteira do mundo, através de seu Centro de Pesquisa na Suíça (CEMEX Research Group AG), uniu-se aos arquitetos da APTUM Architecture, professores e estudantes de arquitetura da Universidade de Syracuse, para estudar maneiras em que o concreto pudesse contribuir para uma recuperação da devastação de áreas costeiras.
A ideia desenvolvida de pequenas “ILHAS EM CONCRETO FLUTUANTE” interligadas, que pudessem se alinhar e conviver, em uma relação simbiótica com a natureza, explora o potencial das estruturas em concreto, onde a base da estrutura, construída em concreto especial, mais leve que a água, permite sua flutuação e a parte submersa, desenvolvido em Concreto de Desempenho Ultra Elevado (UHPC), também conhecido como RPC, que são os Concretos com Pós Reativos que, por suas características, proporcionam altas resistências e durabilidade às estruturas, permitindo o equilíbrio e a durabilidade, onde plantas nativas se desenvolverão, trazendo a diversidade ao ecossistema e reconstruindo os manguezais.
Island Rhizolith
Embora a tecnologia de concreto já tenha sido amplamente aplicada na proteção costeira e mesmo em recifes artificiais, parte das soluções ainda era projetada a partir da perspectiva de uma engenharia mais tradicional. No projeto das Ilhas Rhizolith as estruturas de concreto foram desenvolvidas pensando na troca equilibrada com a natureza, permitindo que dentro de 5 a 10 anos os manguezais cresçam e suas raízes não consigam quebrar as estruturas, mas que as novas ilhas, equilibradas e com vida abundante, possam se tornar uma parede natural e permanente, para absorver a água e reduzir as inundações durante tempestades.
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