Votorantim lucra R$149 milhões no 3º trimestre

Mesmo em um cenário de retração da economia brasileira, a Votorantim S.A. reverteu o prejuízo em relação ao mesmo período do ano passado e obteve lucro de R$ 149 milhões no terceiro trimestre de 2016. A receita líquida fechou o período em R$ 7,3 bilhões e o EBITDA ajustado foi de R$ 1,3 bilhão, recuo de 13% e 19%, respectivamente.

Os segmentos com maior exposição ao mercado brasileiro, como cimento, alumínio e aços longos, foram impactados pelo baixo desempenho da atividade econômica do país. Por outro lado, a recuperação dos preços do zinco no mercado internacional e as operações de cimento no exterior, especialmente nos Estados Unidos, contribuíram positivamente para manter estável a margem EBITDA, em 18%.

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Todos os projetos de expansão foram mantidos, em linha com a estratégia de diversificação geográfica e de negócios, a despeito de um ambiente de incertezas. O Capex atingiu R$ 712 milhões no terceiro trimestre 2016, sendo que 65% dos investimentos foram destinados a expansões.

No exterior, os investimentos foram direcionados para as plantas de cimento na Turquia, nos Estados Unidos e na Bolívia. No Brasil, os destaques foram a área de energia – com a compra dos equipamentos e a construção da fundação para os sete parques eólicos no Piauí, que serão inaugurados em 2018, com capacidade instalada de 206 MW – e a mineração, com a extensão da vida útil da mina de zinco em Vazante (MG).

“A melhora dos indicadores de confiança, quando comparada ao início do ano, sugere uma maior probabilidade de chegarmos breve a um ponto de inflexão”, diz João Miranda, diretor-presidente da Votorantim S.A. “Por outro lado, ainda não há sinais concretos de recuperação dos indicadores de atividade e por isso nos mantemos cautelosos”.

A variação cambial – com o dólar cotado a R$ 3,25 em set/16 ante R$ 3,90 em dez/15 – contribuiu para a redução de 17% da dívida bruta, que fechou o trimestre em R$ 25,2 bilhões (no final de 2015 era de R$ 30,5 bilhões). A Votorantim fechou o terceiro trimestre com caixa de R$ 8,7 bilhões – sendo que a companhia conta ainda com R$ 3,9 bilhões em linhas adicionais de crédito em moeda estrangeira (revolving credit facilites).

“Em resposta ao cenário adverso, mantemos uma posição de liquidez confortável, com caixa robusto e perfil de amortização de dívidas suave”, afirma Sergio Malacrida, diretor de Tesouraria e Relações com Investidores da Votorantim S.A.

A alavancagem do segmento industrial, medida pela relação dívida líquida / EBITDA, encerrou o trimestre em 2,91x, ante 2,78x em dezembro do ano passado. A companhia apresenta baixo risco de refinanciamento dada a contínua gestão de passivos, que manteve o perfil alongado de amortização, com prazo médio de vencimento de sete anos.

Votorantim Cimentos

A estratégia de diversificação geográfica, por meio de expansões em mercados com potencial de crescimento, somada a iniciativas para gestão de custos e eficiência operacional, minimizaram os impactos da retração do mercado brasileiro de cimento, no terceiro trimestre de 2016. Estas iniciativas seguem alinhadas à confiança nos fundamentos de longo prazo nos mercados em que a empresa atua.

A receita líquida global totalizou R$ 3,349 bilhões no terceiro trimestre, 14% inferior à apurada no mesmo período do ano passado, refletindo a desaceleração do mercado de cimentos, que foi parcialmente compensada pelo aumento de volume na maioria dos países em que a companhia atua na Europa, África e Ásia, e o aumento de preços nos Estados Unidos e Canadá. Apesar da queda da receita, no Brasil as condições de mercado se mostram mais positivas, com o cenário político mais estabilizado e com a recuperação dos índices de confiança do consumidor. Entretanto, a retomada do mercado de construção brasileiro tende a ser gradual.

Nas operações da América do Norte, o otimismo continua, com o avanço das obras públicas e o aumento dos lançamentos imobiliários. Já nas operações da Europa, África e Ásia, o resultado continua estável, com destaque para o Marrocos, que apresentou maior demanda por cimento em meio a um cenário de crescimento do PIB.

O EBITDA ajustado somou R$ 720 milhões no trimestre, recuo de 21% em relação ao mesmo período de 2015, com destaque para o aumento de 9% no EBITDA em dólares no mercado norte-americano, em função do aumento de preços em dólar.

“Apesar do cenário ainda desafiador em termos de volume de vendas e preço no Brasil, as operações no exterior foram capazes de reduzir parcialmente o impacto do Brasil. Mantivemos nossos investimentos e introduzimos mais iniciativas para otimização de custos, que balizam a estratégia de longo prazo da companhia”, complementa o CFO Lorival Luz.

Produz o cimento St Marys da Votorantim

PLANTA DE CHARLEVOIX EM MICHIGAN, ESTADOS UNIDOS

Em função da gestão continua de passivos, a companhia possui perfil de endividamento alongado, além de manter o equilíbrio entre geração de caixa e dívida nas diversas moedas que opera, o que reduz o risco de descasamento. Neste contexto, a St. Marys Cement, subsidiária integral da VCNA (Votorantim Cement North America), fez emissão inaugural de bonds no valor de US$ 500 milhões e vencimento em 2027, reforçando seu sólido perfil de crédito. Adicionalmente, a Votorantim Cimentos mantém sólida posição de caixa e possui acesso a linhas de crédito rotativas (revolving credit facilites).

Postado em:
29 nov 2016 às 13:05hs
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