Entre 2005 e 2010, a proporção de empregos na construção civil ocupados por mulheres aumentou apenas um ponto percentual, de 15% para 16%. No entanto, nos últimos cinco anos, o aumento foi bem maior, o que fará o ano de 2015 fechar com cerca de 20%.
Com uma enorme escassez de profissionais habilitados, projetos de infra-estrutura vitais em andamentos, além de uma nova onda para a construção de imóveis tanto comerciais, como residenciais, fizeram as oportunidades pipocarem em toda parte. Os institutos elevaram a previsão econômica para o setor de construção civil no Reino Unido, que agora deverá crescer 6% em 2015, ou seja, duas vezes mais rápido que o resto da economia “. E em uma indústria em rápida expansão, cada grama de capacidade deve ser aproveitada. As empresas que estão a abordar as questões enfrentadas pelas mulheres no local de trabalho terão acesso a um maior conjunto de talentos, e serão capazes de tirar o máximo de oportunidades nesse novo clima de crescimento “, informou um dirigente do setor.
No Brasil, o ingresso cada vez maior de mulheres no mercado da construção civil foi impulsionado pela falta de mão de obra masculina e pela demanda crescente da indústria nos últimos anos. São mestres de obras, pedreiras, técnicas em segurança do trabalho, eletricistas, etc… Elas se misturam aos homens com naturalidade e em condições de realizar as tarefas com tanta competência quanto os trabalhadores.
Existem diferentes levantamentos sobre o tema, mas o crescimento da força de trabalho feminina no setor é evidente em todos eles. De acordo com dados do Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), o número de mulheres que exercem atividades na construção civil aumentou 65% na última década. Em 2010, foram contabilizadas mais de 200 mil trabalhadoras com carteira assinada no país, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Isso equivale a 8% do total de profissionais que trabalham na construção civil. O assunto está sendo discutido até no Senado Federal, pelo Projeto de Lei do Senado (PLS) 323/2012, que visa estimular a contratação de mulheres na construção civil e elevar, no mínimo, a 12% a participação das mulheres nas obras públicas.
Ao justificar o projeto a senadora Ângela Portela de Roraima, citou que as estatísticas em que as mulheres aparecem como 13,68% da mão de obra na construção civil e também ressaltou que, no mercado de trabalho em geral, as mulheres responderiam por mais de 40% dos empregos formais.